sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A fome, os coelhos da Venezuela... e a possibilidade de um porvir canibal...

"O homem é a mais forte razão de ateísmo que existe sobre a terra; o homem é um argumento contra Deus..."
Vargas Villa

Foi noticia em diversos jornais latino-americanos de esquerda, de direita e até nos ambidestros, a tentativa quase desesperada do Presidente Maduro para resolver o problema da fome na Venezuela: criar e comer coelhos
E o Estado já começou a doar casais de coelhos para as famílias mais pobres, apostando que eles, (os coelhos) apesar da crise, ainda estejam com o desejo, com a sexualidade e com a fertilidade em dia. Dizem que um casal pode gerar até 80 filhotes por ano, o que daria para comer praticamente sete por mês... O problema - e que se manifestou logo após a primeira leva de coelhos distribuídos às comunidades - é que também lá, o coelho é visto como um animalzinho que mobiliza mais o afeto do que a fome e que, mesmo depois do discurso do ministro da agricultura afirmando que "um coelho além de não ser um mascote significa dois quilos e meio de carne, proteína e pouco colesterol", as pessoas, ao invés de levá-los ao forno os estão criando como animais de estimação. 
Dizem que na época do Presidente Chaves houve um programa parecido, com galinhas, mas que não deu lá muito certo. 
E quando o assunto é a 'revolução das tripas', alguns historiadores lembram os ratos e os cachorros que na China foram dizimados para fins semelhantes e que inclusive, recentemente, aquele país passou a importar até asnos do nordeste brasileiro para serem banqueteados... 
E quem não se lembra que mesmo aqui no Brasil, na época de um dos nossos tantos e velhos demagogos, para aplacar a fúria popular, também houve promoção de frangos?...
Os mais cínicos, quando são convidados a abordar o assunto dos pobres coelhos venezuelanos costumam problematizar: Qual é o problema! Se até na França esse é um prato sofisticado? Qual a diferença entre matar e comer um coelho e matar e comer uma vaca? Um leitão? Uma galinha? Uma  tilapia?
Realmente, ninguém tem dúvidas de que a traição e a canalhice é a mesma! 
Mas é bom que aqueles bobalhões que encostados nos umbrais das churrascarias só sabem palitar os dentes e coçar a barriga fiquem espertos...  Que prestem bem atenção pois, pelo jeito, não demorará muito para que neste sanatório de tradição "judáico-cristã" se volte a instituir, mesmo que seja apenas como um luxo ou como um ritual de exotismo, aquele antigo costume dos tupinambas que os portugueses conheceram tão bem...

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