sábado, 18 de janeiro de 2014

A roubalheira hoteleira dissimulada sob a "lei da oferta e da procura"...


E a máfia hoteleira do Rio de Janeiro? Que tal os preços dos hotéis previstos para quando a tal Copa de junho vier? Não consigo ouvir esses cretinos falando em "leis de mercado" ou em "livre concorrência" para justificar seus assaltos sem sentir um forte impulso de desembainhar minha espada! 
O que existe de mais vil e de mais prostitutivo do que o sofisma da Lei da oferta e da procura? Deveria ser exatamente o contrário do que professam esses larápios. Se há mais procura, os preços deveriam necessariamente cair, pois o negociante venderá mais e ganhará mais, e não ficará, no caso, com suas espeluncas vazias ou fechadas... E não o contrário. Puro cinismo mercantilista,  pura senvergonhice e travestimento do roubo e do assalto que esses preços representam! Perto desses gatunos organizados, os bandidos, os criminosos e ladrões de nosso cotidiano são fichinhas, quase santos. E tudo com a conivência das hienas dos partidos, dos sindicatos, das associações e até mesmo das policias estatais.  Claro que um sujeito que se desloca lá da cochinchina ou lá do azerbaijão para vir assistir a uma idiota partida de futebol merece, não apenas ser roubado e vilependiado, mas inclusive levar uma boa surra.., mas esta é outra questão.
- Vamos estar atentos aos abusos!!! Diz uma dessas hienas estatais.
Vão coisa nenhuma! Uma garrafa de vodka, de cachaça ou um pacotinho de Euros compra qualquer alvará e qualquer guardião da ordem republicana num país que é, como dizia Bobbio, marcado, no alto, pela prepotência e, embaixo, pelo servilismo, pela arrogância e pela má vontade. Um país marcado pela astúcia como arte suprema de governo e pela esperteza como pobre arte de sobreviver...
Talvez não tenha sido por acaso que ontem um raio partiu a mão direita do Cristo Redentor... A mão, e quase sempre a direita, é o principal instrumento do roubo, do furto, da rapina, da agiotagem, da especulação, da exploração, do estelionato... e, inclusive, não podemos esquecer, do afago hipócrita, falso e interesseiro...


4 comentários:

  1. Este é o Brasil, se gritar "pega ladrão", não fica um mermão! Ontem vi que um dos mensaleiros ganhou um emprego pra ganhar 4 mil reais...emprego pra não fazer porra nenhuma, que fique bem claro.

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  2. Agora temos um Jesus maneta.
    Que bela imagem... o bastião do templo foi amputado por ser condizente com o ladrão a sua destra? rs!

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  3. Falando em ladrão...

    "Embora Daniel Dantas seja um protagonista hipnotizante, o livro vai muito além da sua figura. Consagra-se como um fabuloso painel sobre a anatomia do poder, escancarando como o Estado, em vez de servir à coletividade, privilegia poucos. Uma aula de história do Brasil. Na minha modesta biblioteca, fará companhia a “Os Donos do Poder”, obra imortal do jurista Raymundo Faoro publicada no século XX. “Operação Banqueiro”, trabalho brilhante e hercúleo, já nasce como livro clássico. Clássico e, pena, deprimente."

    Mais aqui: http://blogdomariomagalhaes.blogosfera.uol.com.br/2014/01/21/grande-historia-grande-livro-operacao-banqueiro-ja-nasce-classico-2/

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  4. "O motor principal e fundamental no homem, bem como nos animais, é o egoísmo, ou seja, o impulso à existência e ao bem-estar. [...] Na verdade, tanto nos animais quanto nos seres humanos, o egoísmo chega a ser idêntico, pois em ambos une-se perfeitamente ao seu âmago e à sua essência. Desse modo, todas as ações dos homens e dos animais surgem, em regra, do egoísmo, e a ele também se atribui sempre a tentativa de explicar uma determinada ação. Nas suas ações baseia-se também, em geral, o cálculo de todos os meios pelos quais procura-se dirigir os seres humanos a um objectivo. Por natureza, o egoísmo é ilimitado: o homem quer conservar a sua existência utilizando qualquer meio ao seu alcance, quer ficar totalmente livre das dores que também incluem a falta e a privação, quer a maior quantidade possível de bem-estar e todo o prazer de que for capaz, e chega até mesmo a tentar desenvolver em si mesmo, quando possível, novas capacidades de deleite. Tudo o que se opõe ao ímpeto do seu egoísmo provoca o seu mau humor, a sua ira e o seu ódio: ele tentará aniquilá-lo como a um inimigo. Quer possivelmente desfrutar de tudo e possuir tudo; mas, como isso é impossível, quer, pelo menos, dominar tudo: "Tudo para mim e nada para os outros" é o seu lema. O egoísmo é gigantesco: ele rege o mundo." Schopenhauer

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