terça-feira, 27 de novembro de 2012

Psicologia de massas e analfabetismo...

Por coincidência, o circo da passeata de ontem no Rio de Janeiro (que reuniu malandros de todos os naipes) para pressionar o veto do projeto de lei que transfere parte dos royalties do petróleo a Estados e municípios não produtores, aconteceu exatamente no dia em que foi publicado o resultado da pesquisa (Ranking Pearson-EIU) que mede a qualidade dos sistemas educacionais pelo mundo. Entre quarenta países pesquisados, o Brasil ocupou o 39 lugar. Só ganhou da Indonésia. Que tal? E ainda existem mentirosos e farsantes de plantão que seguem por aí cacarejando que somos a quinta ou sexta (sei lá!) maravilha do mundo!!! Que somos a bola da vez!!! Ou que, como escreveu Stefan Zweig, antes de digerir sua cápsula de cianureto: o país do futuro!!! Balelas! Só faltou a esse nobre futurólogo explicar em que milênio do calendário judaico esse futuro estava situado... 
Se a presidente Dilma, a quem cabe vetar ou sancionar o tal projeto, tiver dúvidas da necessidade de deslocar parte desse dinheiro de Ipanema para outras regiões do país, basta dar uma volta aqui pela periferia do DF, pelas cidadezinhas medievas de Goiás, sobrevoar o interior do Maranhão, ler alguma coisa sobre a Idade da Pedra em que vivem milhões e milhões de brasileiros fodidos e mal pagos por todos os estados e municípios desse inferno tropical sem esgotos e sem água potável...
Mas voltando a falar sobre a passeata, (ou sobre a psicologia de massas) é curioso e melancólico ver como é fácil arrastar para as ruas cem, duzentas, quinhentas, setecentas mil pessoas, basta que se decrete feriado, que haja cachaça, uma cruz, um trio elétrico, bundas e apalpações... Ideologia que é bom... só mesmo entre o pessoal do PCC e outros correlatos... O que será que realmente anseiam esses rebanhos, recrutados do dia para a noite em troca de favores metafísicos ou de migalhas sociais? Resposta: precisam sentir que possuem um chefe, um chefete qualquer, mesmo que não tenha legitimidade, eleito ou não (é a mesma coisa), mas que defenda temporariamente seus instintos conservadores e sua devoção fetichista às regras vigentes do jogo, por mais esdrúxulas e imorais que elas sejam...   

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O tempo e a longevidade emporcalham e conspurcam...

Como faz todos os sábados à tarde, o mendigo K. esteve neste final de semana lá no Museu da República visitando uma exposição de fotos, pôsteres, produtos e documentários sobre Cuba. Ficou indignado quando, ao final de um vídeo de uns vinte minutos apareceu o crédito da Odebrecht como apoiadora. A Odebrecht apoiando um evento cultural cubano!, ficou resmungando para si mesmo e meio de boca aberta por longo tempo... Sem dar muita importância ao fato, esperei a repetição do filme e, realmente, entre os créditos, estava lá o nome dessa empresa que nos anos oitenta representava a encarnação máxima do imperialismo e do demônio... 
Quando se acalmou pronunciou esta pergunta aparentemente sem sentido: onde está o eixo apodrecido desta Roda da Fortuna? Em seguida contou-me que horas antes havia presenciado algo sub-humano numa parada de ônibus: um velho, já bem velho, chegou trôpego, apoiado num cabo de vassoura e sentou-se num pedaço de concreto que havia no local, ficando ali por uns três ou quatro minutos respirando com dificuldade e gemendo no mais radical dos estoicismos, até que, não resistindo, foi lentamente tombando para o lado e despencando quase dentro de uma poça de água... Duas moças que chegaram naquele momento comentaram entre elas que devia tratar-se de um bêbado quase "cantando para subir". Movido por um impulso de natureza indefinida, retruquei: não, ele não está bêbado, o vi chegando... Ao que o ancião, num esforço brutal sentou-se e bradou na minha direção:  - Bêbado está você, seu filho da puta!.., para em seguida recitar duas ou três estrofes sobre inúmeras de suas doenças e exibir a mim e às moças, os dois testículos que, de tão inchados, pareciam dois maracujás...

domingo, 25 de novembro de 2012

Breviário dominical...


Parece que estão querendo desenterrar o velho Yasser Arafat! Quê estranha atração por ossadas a dessa gente... Alguém o teria envenenado... Sim, mas e nós, que comemos pimentões, tomates, cenouras e cebolas diariamente, não estamos indo para o mesmo caminho!? Para o mesmo beleléu e para o mesmo buraco!? Sem ironia, a frase filosófica daquele homem, esteticamente fora dos padrões, que mais me impactou foi esta: "Por maior que seja o buraco em que você se encontra, pense que, por enquanto, ainda não há terra em cima". 
  
Não são apenas os lucros aberrantes dos bancos, das agências de automóveis e das máfias telefônicas que nos lembram diariamente o sucesso absoluto do instinto capitalista... Aquele sujeito esfarrapado e aos pedaços que cobra UM REAL aos colegas do crack para ensinar-lhes como fabricar um mísero cachimbo é o exemplo mais escandaloso e convincente do poder doentio e nato dessa ideologia... 

Se você está interessado e preparado para ler o livreto mais terrível que se escreveu na última década, leia, do aposentado Philip Roth: O animal agonizante... Vejam o que diz nas páginas 89/90: "Quando dois cachorros trepam, parece haver pureza. Eis ali, pensamos, uma foda pura, entre animais. Mas, se pudéssemos conversar com eles, provavelmente iríamos acabar constatando que até mesmo entre os cães existem, em forma canina, essas distorções malucas do anseio, do enrabichamento, da possessividade, até mesmo do amor..."

Todo mundo está apavorado, encolerizado e desesperado com as sucessivas aberrações promovidas pela "esquerda" no poder... Nós não! Sempre apostamos secretamente nesses cabras, exatamente porque víamos que ali estava a única chance de, finalmente, alguém desmontar e pisotear completa e radicalmente todas as ilusões e todas as esperanças que se veio ingenuamente depositando na espécie, no Estado e na República...

   

Breviário dominical...


Parece que estão querendo desenterrar o velho Yasser Arafat! Quê estranha atração por ossadas a dessa gente... Alguém o teria envenenado... Sim, mas e nós, que comemos pimentões, tomates, cenouras e cebolas diariamente, não estamos indo para o mesmo caminho!? Para o mesmo beleléu e para o mesmo buraco!? Sem ironia, a frase filosófica daquele homem, esteticamente fora dos padrões, que mais me impactou foi esta: "Por maior que seja o buraco em que você se encontra, pense que, por enquanto, ainda não há terra em cima". 
  
Não são apenas os lucros aberrantes dos bancos, das agências de automóveis e das máfias telefônicas que nos lembram diariamente o sucesso absoluto do instinto capitalista... Aquele sujeito esfarrapado e aos pedaços que cobra UM REAL aos colegas do crack para ensinar-lhes como fabricar um mísero cachimbo é o exemplo mais escandaloso e convincente do poder doentio e nato dessa ideologia... 

Se você está interessado e preparado para ler o livreto mais terrível que se escreveu na última década, leia, do aposentado Philip Roth: O animal agonizante... Vejam o que diz nas páginas 89/90: "Quando dois cachorros trepam, parece haver pureza. Eis ali, pensamos, uma foda pura, entre animais. Mas, se pudéssemos conversar com eles, provavelmente iríamos acabar constatando que até mesmo entre os cães existem, em forma canina, essas distorções malucas do anseio, do enrabichamento, da possessividade, até mesmo do amor..."

Todo mundo está apavorado, encolerizado e desesperado com as sucessivas aberrações promovidas pela "esquerda" no poder... Nós não! Sempre apostamos secretamente nesses cabras, exatamente porque víamos que ali estava a única chance de, finalmente, alguém desmontar e pisotear completa e radicalmente todas as ilusões e todas as esperanças que se veio ingenuamente depositando na espécie, no Estado e na República...

   

terça-feira, 20 de novembro de 2012

A MALETA DE 1 MILHÃO DE REAIS...


E a maleta de 1 milhão de reais que o Ministério da Justiça está emprestando aos estados para detectar celulares em presídios!!?
Um milhão de reais!? Quem seria o astuto fabricante dessa engenhoca? Ainda estará solto? Se amanhã cada estado comprar uma, serão mais 27 milhões!!! Mas o japonês aqui da esquina me garantiu que com duas pilhas e meio metro de fios produz algo com a mesma eficiência e por 18 reais!!!
Maleta rastreadora de celulares de presos!!! Até nisso somos esotéricos! Será que uma sessão de espiritismo com os carcereiros não surtiria o mesmo efeito?... Ou então a conhecida oração ao Grande Santo Antônio: apóstolo cheio de bondade, que recebestes de Deus o poder especial de fazer achar as coisas perdidas, socorrei-me neste momento para que, por vosso auxílio, encontre os celulares que procuro. 
Também pode funcionar esta outra simpatia: pegue uma toalha, dê três nós e em seguida diga: amarro o rabo da macaca, e enquanto não achar os celulares que procuro, não desamarro o rabo. Tenha paciência que tudo dará certo...

E aí, alguma luz ínfima na obscuridade? 
Com as prisões e com os bandidos acontece mais ou menos a mesma coisa que com os manicômios e com os loucos: é sempre do lado de fora dos muros que estão os casos mais complexos e mais graves... E depois, ainda nos damos o luxo de seguir fazendo piadinhas depreciativas com os lusitanos...  
E  essa espécie de magnetismo animal lembra aqueles feiticeiros de aldeias que eram chamados pela comunidade para detectar o local mais próprio para se perfurar um poço: descalços, sem chapéu e de olhos fechados, com a aura típica dos profetas da salvação, aqueles lunáticos caminhavam de lá para cá por uma meia hora, tateando a terra, com uma forquilha de pessegueiro vergada entre os dedos e os lábios simulando alguma prece... No momento em que as mãos fatigadas do visionário começassem a tremer, pronto,!, era ali o local exato da nascente... 
Se estivesse a dois ou a cem metros de profundidade.., bom, isto era outro papo... E caso não se encontrasse água alguma, também dava no mesmo, já que tudo seria novamente debitado na contabilidade do acaso...

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

E começa a farsa e a encheção de saco do natal...

Pelo menos quatro "entidades" passaram pela quadra nesta tarde de segunda-feira fazendo a maior barulheira, tocando aquelas musiquinhas abomináveis de natal e mendigando "qualquer coisa" supostamente para as crianças e para os velhos abandonados da cidade... Os primeiros estavam num caminhão, tipo esses de mudanças, pedindo brinquedos, bicicletas, roupas e até móveis... Por pouco não confessaram que receberiam, de bom grado, computadores e pacotes de dinheiro... Depois passou uma Kombi, de onde, com o som além dos 70 decibéis, seus ocupantes pediam comida (não perecível) e qualquer outra coisa (mesmo que fosse lixo) que pudesse fazer uma criança feliz... Outra Kombi entrou no circuito quase na rabeira da primeira, estes diziam ser de uma rádio da cidade e, com uma música deprimente, infernizaram por longos vinte minutos a todos que pretendiam fazer a sesta. Quando estas se foram surgiu um carroceiro, tocando um sinete e chicoteando seu cavalo, mais para bege que para cinza... não dizia nada, apenas trafegava entre os prédios com uma fantasia de papai Noel na proa de seu trenó... De onde surgiram todos esses farsantes e quase ao mesmo tempo??? Não é possível que não se avance um milímetro na direção do processo civilizatório e que todos os anos se tenha que suportar essa mentirada sem fim fomentada sempre pelos mesmos comerciantes e pela mesma falange de malandros...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Das cadeias medievais e das pós-modernas...

Como hoje é comemorado o dia da Proclamação da República, o mendigo K., saiu de seu subsolo e foi para o sol da manhã diante de um dos tantos e inúteis memoriais da cidade. 
Estava exageradamente confuso com a fala do ministro da justiça a respeito dos presídios.
- O cara falou em público que antes de ir para um presídio prefere morrer!!! Quê malicia poderá haver por debaixo dessa frase? - Sussurrou-me.  Mas o cara não é o chefe da área? Está se queixando de quê? De quem? Da ausencia de uma intervenção divina? O horror das nossas prisões evidencia novamente o ódio profundo que transita pelas veias desta espécie... Vou revelar-te uma coisa: pelo que já vimos por aí, a esquerda não deveria nunca chegar ao poder. O poder é uma cloaca de malignidades! Só a "direita" sabe lidar com ele... A "esquerda" deveria ficar sempre à margem, esperneando, idealizando, fazendo o discurso libertário, a crítica, a ironia, mostrando a absurdidade e a podridão das coisas... Assumir o poder é cair numa cilada e destruir-se. Veja o que sobrou de nossa "esquerda"! Nada, além de uma trupe de barnabés. O discurso do passado que incendiava até os mais indiferentes, hoje, saído das mesmas bocas, só causa compaixão e repulsa, não faz eco, não convence ninguém...
A respeito "dos delitos e das penas", ao invés de construir presídios por todos os lados, seria muito mais "humanizante" investir no "controle de natalidade". E digo controle de natalidade, porque a balela do "planejamento familiar" nunca deu certo e mais, sempre produziu efeitos contrários... Até o ano 2063 - por exemplo -, o casal, pobre ou rico, culto ou analfabeto, que tivesse mais de dois filhos seria considerado um "inimigo mortal da sobriedade e da emancipação humana". Essa obsessão por se reproduzir como ratos é fútil, irresponsável e compromete a espécie. Isto, porque, toda superpopulação, seja ela de ratos ou de humanos, incrementa a miséria, os instintos primitivos, o desamparo, a violência, as psicopatias, o instinto de morte...
Por outro lado, porque todo presídio é, realmente, uma aberração, sejam os nossos "medievais" ou os suecos "pós-modernos". Enjaular um sujeito é sempre um crime maior, bem maior do que aquele que ele cometeu...  O crime, normalmente é cometido sob algum tipo de impulso, de tara, de paixão, já, a condenação, sempre é meticulosamente tramada e articulada por acerto de contas e por vingança. Se a casa onde se vive já tem claras semelhanças com celas e com cadeias, (as donas de casa, cada dia mais deprimidas e enlouquecidas que o digam) imaginem as prisões públicas, superlotadas, submetidas à tirania do estado, ao ódio e à negligência dos carcereiros. Seria muito menos insalubre a vida de todos se os condenados fossem confinados em fazendas, em montanhas, em ilhas, em selvas (temos a Amazônia inteira para nossos 600 mil prisioneiros), em jazidas de esmeraldas... ou se a eles se atribuísse a missão de, finalmente, construir trens e estradas de ferro que pudessem nos proporcionar confortavelmente a volta ao redor do mundo...

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Papillon...



Sarney declara [ter pena dos ateus]. Deveria ter pena do estado do Maranhão e de si mesmo......

BASES DO MITO DE JESUS
José B. de Vasconcellos
(Juiz de direito) 


"...Vc acha que o ateísmo é coisa moderna, que está acontecendo agora. Pois, devo  dizer-lhe que na história antiga  viveram muitos ateus importantes. Vejamos:
O papa Leão X, que construiu a Basílica de São Pedro no Vaticano, era ateu, não acreditava na existência de Jesus Cristo, a qual chamou de uma fábula muito lucrativa:
Quantum nobis prodeste haec fabula Christi”! (”Quanto nos é útil esta FÁBULA de Cristo!”)
“A fábula de Cristo é de tal modo lucrativa que seria loucura advertir os ignorantes de seu erro.” - Papa Leão X
O papa Leão X. hoje  um santo da igreja católica, dizia que Cristo era uma fábula muito lucrativa, constituindo um loucura esclarecer aos ignorantes  que Cristo não existiu, porque iria perder um lucro muito grande. O Vaticano  tem uma riqueza incalculável e hoje também vários pastores pentecostais estão ficando ricos, com a lenda de Cristo. (Edir Macedo (bilionário), RR Soares - milionário)
  O famoso Santo Agostinho, um dos primeiros doutores da Igreja Católica, também não acreditava nos evangelhos, pois disse que só os aceitava por causa da disciplina católica. In litteris:
"Não creria nos Evangelhos, se a isso não me visse obrigado pela autoridade da Igreja”.
Diz Santo Agostinho que só acreditava porque era obrigado pela Igreja.
Estes dois antigos e cultos religiosos, deveriam saber muito bem o que estavam falando, conheciam a fundo a bíblia e não iriam fazer declarações levianas sobre a existência de Jesus.
Mas a super-famosa Madre Tereza de Calcutá, uma mulher mundialmente conhecida e que agora está virando Santa, também não acreditava em Deus e nem em Jesus. Na sua condição de Madre, deveria saber o que estava falando, verbis:
“Na minha própria alma sinto uma dor enorme com esta perda, sinto que Deus não me quer, que Deus não é Deus e que, na realidade, não existe.’” (Em uma carta escrita por ela a um amigo). E em documento datado de 1959, ela duvida da existência de Jesus.
Veja que o ateismo vem de muito longe e poderíamos citar inúmeros outros nomes, que foram grandes benfeitores da humanidade, sendo ateus convictos.
O atual papa Bento XVI, em visita que fez à Inglaterra, há poucos meses, manifestou sua preocupação com o ateísmo mundial, provocando até um incidente diplomático, devido as críticas acérrimas que fez aos não-religiosos ingleses.
O Papa tem razão de estar preocupado, porque a medida que as pessoas ficam mais cultas ilustradas, deixam de acreditar nas mentiras contidas na bíblia, desde o Gênesis até o Apocalipse. Vejamos como andam as estatísticas:
Ateus: 65% dos  japoneses, 48% dos russos e aproximadamente 85% dos europeus  descrevem-se como ateus, agnósticos, ou não-crentes.       (Wikipédia, a enciclopédia livre)
 NA EUROPA APENAS 15% DOS HABITANTES SÃO RELIGIOSOS!!! E  a Europa é o continente mais culto do mundo.
"Não posso imaginar um Deus que recompensa e castiga os objetos de sua criação, cujos propósitos estão modelados com base em nossos próprios - em resumo: um Deus que não é senão um reflexo da fragilidade humana".
 "Eu não acredito na imortalidade do indivíduo
, e considero a moral como algo que diz respeito somente aos homens, sem qualquer relação com uma autoridade supra-humana". (Opinião de Albert Einstein)
          
   “Apenas 7% entre os maiores cientistas norte-americanos acreditam em algum deus. Podendo ser cristão ou judeu ou outro”.
    Quer dizer que 93% dos  maiores cientistas americanos são ateus.
             “E se pensa que é apenas nos EUA, não é. Na Inglaterra, por exemplo, apenas 3% dos cientistas são teístas. O conhecimento avançou e cada vez menos as explicações divinas tem validade para aqueles que têm acesso à informação”.
Vale dizer que 97% dos cientistas ingleses são ateus.
 
                Será que  grande Einstein e a maioria da população da Europa e do Japão estão  errados. Será que a  quase totalidade dos maiores cientistas do mundo estão  errados? Será que, praticamente todas, as melhores e mais brilhantes inteligências deste planeta estão enganadas?
               Creio que estas mentes geniais não estão erradas. Estes cientistas que estão criando uma gama de remédios  que curam as doenças mais diversas, como a lepra, tuberculose e epidemias variadas, que antigamente eram consideradas como um castigo de Deus, como se depreende da leitura de várias passagens bíblicas.
Os cientistas que inventaram o computador, a televisão, a lâmpada elétrica, a geladeira, o avião, o automóvel, o telefone, o controle remoto dos aparelhos, os foguetes que já mandaram o homem à lua, que estão construindo uma imensa estação no espacial, que estão trabalhando, em seus laboratórios para melhorar a vida e o bem  estar da população,  será que eles estão errados em não acreditarem nas incongruentes palavras da bíblia, do alcorão e de outros "livros sagrados" das atuais 16.000 religiões existentes no mundo?
Dias virão, daqui  alguns anos ou séculos (não é para nos que vivemos atualmente) em que  as religiões, as lendas bíblicas e do Alcorão serão consideradas apenas MITOLOGIA CRISTÃ E MITOLOGIA ISLÂMICA, como hoje consideramos as antigos deuses egípcios, gregos e romanos, seus dogmas e lendas, como simples e mera mitologia.
E mais, JESUS NUNCA EXISTIU, foi um criação dos judeus, após  diáspora, depois que Jerusalém foi destruída pelo General Romano Tito. O "messias" esperado pelos judeus, do qual falam alguns profetas, seria um descendente direto do rei Davi (não um homem-deus gerado pela sombra do Espírito Santo - Lucas cap. 1º, vers. 35), um líder religioso, gerado normalmente, que libertaria os judeus do jugo dos Assírios (vide Miquéias, cap.5, vers.5/6), dos babilônicos, dos gregos e dos romanos, construindo um reino livre dos judeus. Como este messias  não apareceu até hoje, os judeus então resolveram arranjar um messias de gerado pela sombra do Espírito Santo. Os judeus ortodoxos estão esperando o rei-messias até hoje.
O governador Pôncio Pilatos, que teria julgado Jesus, tinha uma espécie de diário, onde registrava todos os atos mais importantes (alguns não tanto) de sua administração. São os "acta pilatis" que estão conservados em museu. Pois bem, os atos de Pilatos, constantes de seus escritos, não contêm uma linha sequer sobre o famoso julgamento de Jesus!!!
Será que Pilatos deixaria de registrar no seu diário, um julgamento  de pessoa tão importante, como o  chamado filho de Deus?.
Os grandes historiadores da época, como Flavius Josephus, Filon de Alexandria, que nasceu antes de Cristo e morreu depois dele, os historiadores romanos da época, os escritos dos fariseus, que se ocuparam, prolixamente, de assuntos até pouco importantes, não contêm uma só referência a Jesus!!!
Os atos e escritos de Herodes, o grande, também nada falam de Jesus. Os documentos do mar morto, em número de mais de 840, recentemente descobertos, que registram os acontecimentos da época em que Jesus teria vivido, não contêm uma linha sobre o Jesus de Nazaré, que curou infermos, expulsando os demônios que provocavam as doenças, ressuscitou   mortos (mirabile dictu!),
 Jesus, se tivesse existido, deixaria de ser citado nos documentos do mar morto, escritos pelos essênios, uma das seitas mais cultas da época em que teria vivido o Cristo?!!!
Será porque todos as pessoas envolvidas no julgamento de Cristo, os grandes historiadores da época, os copiosos documentos da época, já encontrados e examinados, que registraram os fatos, até corriqueiros, da época em que Jesus teria vivido, ficaram em tumular silêncio, sobre a vida e milagres espantosos de Cristo?
Porque este silêncio total da história?  É porque tal personagem nunca existiu.
Os evangelhos não servem como fonte de informação histórica, porque escritos depois da destruição de Jerusalém por pessoas que não são as indicadas como titulares deles, exatamente inventando e criando um  deus-salvador ou redentor, desiludidos com  o não-aparecimento de um rei terreno, descendente de Davi, que libertaria os Judeus do jugo estrangeiro.
 O "messias do velho testamento não tem nada de deus-redentor - é um homem, que lideraria um movimento guerreiro, libertando o povo judeu das garras dos estrangeiros, que chegaram a escravizá-los. Cogitaram até que o Rei Josias seria este Messias, mas ele foi morto em batalha contra o Egito, como registra o Livro de Reis, constante da bíblia.  
Os judeus, que habitavam em outras terras, já que tinham sido expulsos da Palestina, pelo General Tito (diáspora), para criarem, nos evangelhos, a figura do Jesus-deus-redentor, copiaram  e plagiaram, servilmente, as qualidades e atributos  e lendas relativas a outros deuses, de outros povos, muito mais antigos, como os deuses-redentores HORUS (egípcio) Mitra (o mitraismo  era, na época, a religião dominante entre os romanos), Buda, Zoroastro etc.
Vejamos quem era o deus-redentor do Egíto - Horus 
 HORUS nasceu em 25 de Dezembro, filho de uma virgem.
O seu nascimento foi acompanhado por uma estrela no Leste, que por sua vez, foi seguida por 3 reis em busca do salvador recém nascido.
Aos 12 anos, era uma criança prodígio nos ensinamentos, e aos 30 anos, ele foi batizado, e assim começou seu ministério.
Ele teve 12 discípulos e viajou com eles, fazendo milagres, tais como curar os enfermos, andar sobre as águas.
Ele também era conhecido por vários nomes como: A verdade, A luz, o Filho Adorado de Deus, o Bom Pastor, Cordeiro de Deus, entre muitos outros ( Apud João de Freitas, in Usina de Letras). Vamos frisar: não falamos de Jesus, mas de Hórus, antigo deus do Egito.
 
Todos os grandes avatares e deuses-redentores nasceram de uma virgem, sem a participação masculina. Horus, Mitra, Buda, Zoroastro (fundador de antiga religião), todos nasceram de jovem virgem. Até o Boi Apis, adorado como deus, no antigo Egito, nasceu de uma VACA VIRGEM!! Não sei porque todos os deuses-redentores das diversas religiões antigas tinha que nascer de uma virgem. Até o boi-deus nasceu de vaca virgem. Está explicado o nascimento de Jesus de uma virgem. É uma cópia dos deuses de outras religiões.
 
Vejamos como criaram Jesus,  plagiando outros homens-deuses mais antigos:
 
          " E Ísis era virgem quando pariu Hórus no dia 25 de dezembro. Ele teve 12 discípulos e após ser enterrado ressuscitou. Hórus, ressuscitou um homem chamado El-Azar-us (note a semelhança com o nome de Lázaro), era conhecido como o Filho Ungido de Deus, a Verdade, a Luz. E sabe como se escrevia o Ungido na língua de Hórus? Simplesmente "KRST"! É bom remarcar que lenda da ressurreição de Lázaro, descrita no evangelho, não passa de um plágio.
Leia sobre os mitos de Zoroastro e de Mithra que você encontrará também muitas semelhanças. Mithra por exemplo, cujo mito precede o de Cristo em pelo menos 600 anos, nasceu de uma virgem, no dia 25 de dezembro, era considerado mestre e bom pastor entre os seus, executava milagres e tinha doze companheiros, foi enterrado e ressuscitou três dias depois! O dia de domingo era guardado como dia de descanso dos mitraistas.
O mito de Buda também precede o mito cristão e, veja que maravilha: Buda nasceu da virgem Maya, ele aboliu a idolatria, operava milagres era considerado o bom pastor e subiu ao Nirvana, ou céu. ( Apud Lelê Teles- escritor e roteristra brasileiro)
Assim foi criado o mito Jesus Cristo, copiado de outros deuses e avatares muito mais antigos.
O Novo Testamento é uma fábula. Parte de relatos orais e foi escrito muito mais tarde,  numa língua distinta (grego) daquela falada na Palestina, além de sofrer inúmeras modificações e  intervenções (cerca de duzentas mil, segundo um teólogo). A cada nova edição da bíblia aparecem grande número de modificações e adulterações, visando corrigir evidentes incongruências, como tive a oportunidade de observar, nas três últimas leituras (de capa a capa), da bíblia".

terça-feira, 13 de novembro de 2012

DEUS SEJA LOUVADO...


Você já deve ter percebido que nas notas fedorentas de reais e de dólares que circulam por aí existem duas frases esotéricas e ridículas: nas notas tupiniquins: Deus seja louvado, nas gringas: Em Deus nós confiamos. Qualquer criança de sete anos percebe de cara a indelicadeza e a falta de escrúpulos que há nessas duas bobagens, da mesma maneira que até os nativos mais incivilizados teriam pudor em agregar o nome de Deus ao que de mais imundo e profano há na sua aldeia. E depois, vale a pena perguntar: foi de quem essa ideia de jerico? Esse cinismo e a impertinência dessa demagogia foi transtorno delirante de quem? Em outras palavras, seguir gravando essas frases tolas e hipócritas no dinheiro é mais ou menos como um bandido escrever no cano de seu revólver: Só a paz dignifica ou, uma cafetina rabiscar na porta de seu bordel: Louvada seja a honra, etc...
Pois bem, o Ministério Público (numa chispa de lucidez) solicitou ao Banco Central que as próximas notas que venham a ser impressas, não tragam mais essa bobagem. O banco, provavelmente comandado por um banana ou por uma beata, disse que não, que não há mal nenhum em se fazer referência à existência de uma divindade superior, desde que ela não faça alusão a uma religião específica, etc., etc., tese que foi logo apoiada pelo arcebispo de São Paulo quem lançou uma indagação com a mesma ingenuidade da inquisição: Qual seria o problema se as notas continuassem com a alusão a Deus? 
 Resposta: deixando de lado a síndrome delirante-alucinatória e a questão da dignidade humana - ilustre cardeal - nenhum.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O cérebro carcomido da sociedade... Ou, a dialética da bala...

Acompanhar as inúmeras reuniões de ministros, governadores, delegados, especialistas, alcaguetes, palpiteiros etc., e suas elucubrações na definição de estratégias para conter a mortandade em São Paulo é quase como assistir uma acalorada comédia stand up. Se no momento o foco está sendo posto sobre aquela cidade, não quer dizer que qualquer outro lugar do país que se elegesse estaria em situação diferente. Se essas digníssimas autoridades transitassem dois ou três dias aqui pela periferia do DF, numa cidadela chamada Valparaíso - por exemplo - passariam a ter vergonha de seguirem com suas "hipóteses" e com suas "teorias" fajutas a respeito da violência e, bem mais ainda, de estarem tratando a criminália paulista como sendo um barbarismo de exceção...
E não há solução! Façam o que fizerem, não há solução! Agora é tarde! Podem colocar os tanques nas favelas, infestar as cidades de policias e de câmeras, infiltrar os "serviços de inteligência" por todos os becos, dos mais fétidos aos mais luxuosos, construir penitenciárias de trinta andares, intoxicar o país ainda mais com pistoleiros de aluguel e com vigias particulares... Nada conterá os milhares e os milhões de crianças e de adolescentes que, por negligência estatal, por psicopatia política e pelo consentimento de uma sociedade paranoica, nasceram na mais terrível e brutal das misérias, na mais imunda das humilhações e na mais absoluta desgraceira, às quais, não lhes restou e não lhes resta outro caminho a não ser o dessa carnificina sem fim contra o Outro e contra Si Mesmo. E que os almofadinhas e os petimétres não me venham dizer novamente que essas crianças constituem apenas um exército nato de vagabundos e de delinquentes, ou então, que a miséria, a humilhação, a desqualificação, o desafeto, o desamparo, a desgraceira inominável a que essas crianças, seus pais e avós foram submetidos durante décadas e que ainda o são, não têm nada a ver com a violência. Têm sim e inclusive a justifica. Qualquer um de nós que tivesse sido submetido a tão abominável destino, teria enveredado pelo mesmíssimo abismo...

sábado, 10 de novembro de 2012

Lady Gaga no Rio... e os royalties...

Lady Gaga depois de mandar distribuir mini pizzas para a plebe que se amontoava no lado de fora dos umbrais do Hotel Fasano, na Vieira Souto, subiu o Morro do Cantagalo onde também fez demagogias com quem a conhecia e com quem nunca havia tido noticias de sua existência... Só faltou posar ao lado de alguns daqueles pequenos "guerrilheiros" descalços e encapuzados agarrados amorosamente a seus resplandecentes fuzis... Por pouco não passou nas enfermarias em ruína dos hospitais cariocas para distribuir santinhos e pirulitos aos pacientes... Apesar de toda a informação idealizada e fantasiosa sobre a atual "visão do mundo" a respeito do Brasil, a verdade é que os gringos continuam transitando por aqui mais ou menos com a mesma sensação que Gulliver tinha quando transitava lá pelo país dos Brobdingnag... E por falar em Rio de Janeiro, a comédia da distribuição dos royalties do petróleo está colocando os altos funcionários de lá (e até os luxuosos hotéis de Paris) em efervescência... Sem os tais royalties, haverá um recesso de festejos? Toda aquela festarada de políticos e de parasitas terminará sua cavalgada no vácuo..? Por aqui, todo mundo está de acordo que a Presidente sancione o projeto como foi aprovado pelo Congresso, pois é mais do que justo que a dinheirama provinda da extração desse dejeto subterrâneo seja desviada equitativamente entre todos os estados e entre todos os governos... Não é verdade? E se o petróleo sempre rendeu tanta fortuna e tantos benefícios para o RJ e para o ES - como dizem seus governantes - é de se perguntar então, por quê aqueles estados se mantêm até hoje estruturalmente falidos e aos pedaços?... - Ah.., mas sem os royalties não vamos poder bancar a Copa de 2014 e nem as Olimpíadas!!! 
Melhor! Uma boa chance e um bom pretexto para cancelar esse circo de brutamontes...

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Kafka e a Grande muralha da China...

Num livreto de Kafka, que leva o título de um de seus breves textos: A grande muralha da China, (Publicações Europa-América, p.p. 18,19, Sintra, 1976) tratando, como sempre, do absurdo da vida e da esdrúxula condição humana, Kafka reproduz esta parábola, que me parece uma preciosidade.

[...Conta-se que o imperador te mandou uma men­sagem a ti, humilde vassalo, sombra insignificante que lá muito ao longe se encolhe toda perante o sol impe­rial; o imperador, do seu leito de morte, enviou-te uma mensagem, só a ti. Ordenou ao mensageiro que se ajoelhasse junto da cama e segredou-lhe a mensagem; tanta importância ela tinha para ele que ordenou ao mensageiro que lha repetisse ao ouvido, baixinho. Então, com um aceno de cabeça, confirmou-lhe que estava certa. Perante os espectadores da sua morte, alí reunidos - foram deitadas abaixo todas as pare­des que impediam a visão e sobre a alta e espaçosa escadaria erguiam-se, em circulo, os grandes principes do império -, perante todos estes, ele transmitiu a sua mensagem. O mensageiro parte imediatamante para a sua viagem; um homem resistente e infatigável; ora empurrando com a sua mão direita ora com a sua mão esquerda, ele abre caminho por entre a multidão; quando encontra resistência aponta para o seu peito, onde brilha o simbolo do Sol; a ele facilitam-lhe mais o caminho do que a qualquer outro. Mas as multidões são muito vastas; o seu número é infinito. Se ele pu­desse chegar aos campos abertos, que depressa ele voaria, e em breve, sem dúvida, ouvirias o martelar bem-vindo dos seus punhos na tua porta. Mas, em vez disso, como é desperdiçada a sua força; ele ainda só está a abrir caminho através dos salões do palácio mais interior; nunca mais ele conseguirá chegar ao fim deles; e, se o conseguisse, isso de nada valeria; a seguir teria de conseguir passar pela escada; e, mesmo que con­seguisse descer, nada teria conseguido ainda; haveria ainda que atravessar as cortes; e, depois das cortes, o segundo palácio exterior; e novamente escadas e cor­tes; e mais outro palácio; e assim sucessivamente, du­rante milhares de anos; e, se, por fim, ele conseguisse atravessar o último portão exterior - mas nunca, nun­ca, isso poderá acontecer-, a capital imperial estaria a seus pés, o centro do mundo, cheia, quase a rebentar, dos seus próprios sedimentos. Ninguém conseguiria abrir caminho por aqui, nem com uma mensagem de um homem morto. Mas tu sentas-te à janela quando a noite desce e sonha com isto no teu intimo...]

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A TORRE DE BABEL DO STF...


Quem assistiu à sessão de hoje à tarde no STF que dava continuidade ao julgamento do mensalão, se ainda tinha alguma esperança, não apenas na justiça, mas no país, a perdeu definitivamente. Não é possível que aqueles senhores, todos de "reconhecido saber" e indicados pela Presidência da República, com suas longas e sofisticadas trajetórias, não consigam sequer administrar com objetividade uma reunião daquela natureza, eleger um método eficiente e prático para definir a tal dosimetria das penas, fazer uso assertivo e adequado da linguagem (consciência das palavras) e decidir definitivamente questões sobre as quais estão debruçados há décadas... 
Assistindo a todo aquele bacanal de ideias, aquele lero-lero de suposições, de idas e vindas, de gentilezas e de coices é de se supor que os réus, que com certeza também estão a espreita, e evidentemente bem mais angustiados e interessados no assunto do que nós, vislumbrem naquela fraqueza e naquela dubiedade toda, tanto a possibilidade surrealista de virem a ser absolvidos e até mesmo indenizados, como a possibilidade trágica de pegarem uma condenação que os obrigará a apodrecerem atrás das grades... Se aqui no STF é assim, imaginem como deve ser a instância correspondente lá nos estados e lá nos cafundós medievais desta república... 
Insisto: toda essa problemática de personalidade que está sistematicamente presente entre nós, seja entre a "nobreza" ou entre a "plebe", entre os "eruditos" ou entre os "analfabetos" é algo estrutural, engendrado ainda lá no primeiro grau. Portanto, se se deseja diminuir futuramente o fiasco, é necessário e com urgência, substituir a pobre "titia" por Mestres de verdade e as baboseiras dos pobres Santo Antônio e Chico Xavier pelas lições elementares de Poincaré e de Descartes...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Rita Lee mostra a bunda para a república...

A tarde deste domingo ia quase acabando quando, já nos instantes derradeiros do show, Rita Lee ficou de costas para o público, de lado para a catedral, de frente para o Congresso Nacional, baixou as calças e exibiu a bunda... O publico, sempre voyerista e perverso, achou excelente, aplaudiu com entusiasmo, coçou aqui e ali, gritou várias vezes que a amava e considerou aquele gesto o máximo! Algo quase revolucionário!? Uma bela excentricidade!? Uma autêntica profanação!? Se contra ou se a favor de alguém, isto é secundário e nunca se saberá realmente, muito menos qual a intenção e qual o verdadeiro significado subterrâneo desse gesto... Assim como nunca se terá certeza de qual foi a genuína sensação da plateia... 
Num outro show, há algum tempo, numa ocasião semelhante, um sujeito subiu ao palco e, numa coreografia "obscena", beijou várias vezes o imenso traseiro de outra Rita, que também o escancarava... 
Deduz-se que exibição em público de algo tão util, que normalmente tanto se valoriza e que tanto se camufla seria sempre uma manifestação de desafio a algum protocolo, de desprezo por algo, por alguém, por alguma coisa? Por si mesmo?... Contra o clero? Contra a plateia? Contra os adversários? Contra a existência? Contra o governo? Mas normalmente quem banca esses shows e com cachês aberrantes e altíssimos é o próprio governo...  
Por que a bunda? Logo ela com seus buracos, com seus mistérios e cânions, com seus pelos e com sua geografia tão estranha...  logo ela, originalmente planejada para amaciar as poltronas e para se aplicar injeções, mas que com o tempo passou a ser, além de objeto de desejo e de outros expedientes insólitos, o local preferido e profano da chibata... Logo ela que, com o passar dos séculos, passou a servir também para conquistar empregos, para seduzir, para insinuar-se, rebolar e para fingir aquilo que não se é... Também, claro, para vender revistas, para distrair punheteiros, para traficar cocaína ou para contrabandear celulares para dentro dos presídios... A bunda: rota da seda, rota do chá, do ópio, das especiarias, da prostituição, do ouro... e o altar sagrado da magia negra...
Por outro lado, chamar alguém de bundão ou de bunda mole, é quase um crime, algo agressivo e pejorativo, sinônimo de babaca, de inútil... Quem visitar as fogueiras de Bénares, na Índia, ao lado do Ganges, onde diariamente são incinerados os mortos da região, ficará impressionado com a constatação de que as nádegas, ou a bunda como um todo é a parte que mais insiste em não se deixar devorar pelas labaredas...

domingo, 4 de novembro de 2012

Schindler's list

Bioy era um covarde... segundo Borges. E Borges era um infeliz... segundo seus detratores...

NUEVA YORK.- María Kodama dice que nunca usó maquillaje. Ni cuando tenía 15 años ni ahora, a los 75. "Tampoco uso anteojos y soy miope", dice, en el jardín del Instituto Cervantes, en Manhattan. "Si te sentás ahí, ya no te veo." Le gustan, explica, las cosas naturales, sin artificios. Esto incluye las ensaladas, que come sin aderezos. ¿Aplica estos principios a otros ámbitos, como el arte o la literatura? No lo sabe, responde, pero cree que le vienen de su mitad japonesa. "En realidad, creo que más de la mitad de mi forma de ser es japonesa."

Quizás esta sensibilidad por las cosas "naturales", sin aderezos ni maquillajes, incluya su costumbre de decir las cosas de manera directa, a veces brutal. "No soy hipócrita", explica. Parte de su energía reciente ha estado dedicada a defender a su marido del retrato que sale de él en las más de mil páginas de Borges, los diarios de Adolfo Bioy Casares donde se ve a un Borges a veces chismoso, esnob o malvado. En el jardín del Cervantes se referirá a Bioy como un "desecho humano".

Kodama se casó con Borges dos meses antes de su muerte, en 1986, y desde entonces se ha transformado en la villana favorita del mundo literario porteño. Su versión de los hechos es que hay un pacto entre la prensa y unos pocos críticos para retratarla como a una desalmada oportunista y disputarle la autoridad moral sobre la obra de Borges. La versión de sus críticos es que Kodama ha manejado el legado de Borges con mano de hierro y poca generosidad, impidiéndole conversar con nuevas generaciones de escritores. En dos casos recientes, Kodama demandó a un escritor argentino (Pablo Katchadjian) y a otro español (Agustín Fernández Mallo) que habían publicado obras propias basadas en obras de Borges. Katchadjian había querido "engordar" El aleph y Fernández Mallo había hecho una remake de El hacedor. Ambos libros están fuera de circulación.

Ahora Kodama está en Nueva York presentando "El Atlas de Borges", una muestra de fotos tomadas casi todas por ella misma sobre sus viajes con Borges. La muestra se presentó por primera vez en Buenos Aires, en el Centro Cultural Recoleta, en 2006, y ahora recorre algunas de las ciudades donde fueron tomadas esas fotos. Hasta el 20 de octubre está en el Instituto Cervantes de Nueva York.

-¿Cuál es la diferencia entre Borges y otros escritores?
-La diferencia está, aunque les duela a muchos, en que hay gente que es muy buena escritora y hay personas que crean, que tienen otra historia dentro de ellas. Nacen así. Leonardo [Da Vinci] era así. En la época de Leonardo había 200 pintores que eran excelentes, pero Leonardo era único.

-Y Borges era único.
-Sí, les guste o no les guste. Lo lamento.

-¿Pero a quién no le gusta?
-A mucha gente, lógico.

-¿Sí? ¿No es Borges unánimemente reverenciado en la Argentina?
-Yo creo que no es unánimemente reverenciado y tampoco tiene por qué serlo. No creo en la unanimidad de las adoraciones, yo prefiero a alguien más bien polémico que alguien que tenga la totalidad de la reverencia o del odio.

-Hablando de polémico. Sé que a usted esto no le gustó, pero el Borges de Bioy es bastante polémico.
-Eso no es polémico. Eso es traición. Borges me definió a Bioy una vez con una palabra: "Cobarde". Ésa era la palabra con la que lo definía.

-¿En general o por algo específico?
-En general, por cosas que hizo Bioy en su vida y él se daba cuenta de que era un cobarde, algo que, por otra parte, era lo que Borges más despreciaba. Además, si vos mirás las entrevistas de Borges, sólo elogia dos cuentos de Bioy, y esos cuentos fueron recontracorregidos por Borges. Eso Bioy no se lo perdonó nunca. Bioy es el Salieri de Borges. La verdad es la verdad y las cosas como son. Yo te pregunto: ese hombre escribe un libro en el que inventa, distorsiona lo que vos decís o pone en tu boca lo que él no tiene el coraje de decir. Y lo publica después de que vos morís y él también muere (que ya es una cobardía, porque no quiere hacerse cargo). En el otro mundo se encuentran, ¿vos creés que ese hombre es amigo tuyo? Como hombre te pregunto.

-En esas condiciones, no.
-Son las condiciones en que fueron hechas, según el propio Bioy escribe. Además, ¿qué amigo espera que vos te vayas para contar conversaciones privadas? Porque una cosa es si nosotros tenemos un amigo en común y te digo "Che, qué estúpido que es Fulano". Pero vos, por el tono de voz y los años de conocimiento que tenemos, te das cuenta de que por ahí lo digo en broma o estoy en un momento malo. Pero si vos lo escribís, negro sobre blanco, sin todo el entorno de lo que significó en ese momento, es brutal. Y si sos una persona sensible y correcta y ética, no lo hacés. Si vos sos un hombre ético, correcto y normal, no escribís una autobiografía en la que ponés nombre y apellido de todas las mujeres que fueron tus amantes, muchas de ellas casadas, arruinando matrimonios, incluyendo la seducción de la propia sobrina de tu mujer. ¿Eso es un hombre? Eso es un desecho humano para mí.

-¿Le molesta que el libro de Bioy no haya sido percibido así?
-A mí lo que me da muchísima curiosidad... Me gustaría hacer una reunión con la gente que ha inventado todo en los diarios. No como una forma de agresión, sino para entender, porque a mí me gusta entender las cosas. ¿Por qué esta agresión de 26 años movida por seis personas a las que la prensa les presta atención colocando cosas que demuestran el racismo, como por ejemplo mencionando "la piel amarilla". ¿No sería mucho más sencillo que reconocieran que son racistas?

-Yo no he visto menciones a "piel amarilla", al menos no recientemente.
-Yo sí. Recientemente o no recientemente. Tengo todo guardado, absolutamente todo, para que después no me digan "yo no dije eso". Venga, señor, a mi casa, que yo le muestro. Creo entonces que sería más sencillo si me dijeran "te atacamos por esto y esto y les prestamos oído a seis desechos humanos", porque somos racistas. Ok, yo lo entiendo. Ésa es una pasión que llevó a la humanidad a la destrucción, y si prefieren la destrucción... Yo no la prefiero, pero si otros la prefieren me parece genial.

-No lo dice en serio.
-Claro que sí. Yo lo que querría saber es eso. Porque es un caso único, a mí me lo dicen en todo el mundo. ¡Son veintiséis años! Contra una persona que no se manda la parte, contra una persona que acompañó durante años, con humor, y que fue amada por un hombre y merece un poco de respeto.

-Siempre dice que las críticas hacia usted son, en el fondo, críticas a Borges.
-Exactamente. ¿Qué es lo que no se bancan? Lo que está a la vista. Poder hacer lo que quisieran con su obra. Decir que era un infeliz, un desgraciado, que nadie lo quiso. No es así. Lo lamento, pero no fue así. Lo lamento por ellos, no por Borges y por mí, que vivimos una vida fascinante. Y eso es lo que envidian y codician. Y yo [a Borges] lo tuve, lo tengo y lo voy a tener hasta el día del juicio final. Y ellos, nada. Solamente el resentimiento y la vileza.

-Una última pregunta. Este guardián en el que se ha transformado usted...
-No soy un guardián. Según tu concepto soy guardián. Según mi concepto cumplo con un deber terrible. Son dos cosas diferentes, ¿eh?

-Entiendo. Este deber, entonces, que usted cumple. ¿Hasta cuándo lo va a poder hacer? ¿Hay previsiones sobre qué va a ocurrir con la obra de Borges de acá a 20, 30 o 40 años?
-Eso es una historia mía, personal, que no tengo por qué decir.

-Quedará en buenas manos.
-Mejores que las mías. Así que quédense muy tranquilos..

(Clarín, Buenos Aires)
http://www.revistaenie.clarin.com/ideas/diego-erlan-flora-y-fauna_0_803319866.html