quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Corrupção, doenças mentais e Coca-Cola...



Não é novidade para ninguém que no Brasil, desde que os simplórios e desvairados portugueses estiveram cagando ordens e semeando suas loucuras por aqui, até hoje, tanto o Estado-Infeliz como os Governos-Infelizes que vieram se sucedendo não deram a mínima, nem afetiva, nem intelectual e nem orçamentariamente à questão da saúde mental, resultando no que somos agora: um imenso e maquiado manicômio. E não preciso demonstrar, não é verdade?. Abram as janelas e vejam. Vão às periferias. Ouçam os papos dos pastores, dos padres, dos advogados, dos médicos, dos policiais, dos economistas, das donas de casa, dos bêbados que cambaleiam por aí. Vejam a TV. Interpretem o silêncio dos jornais. Passem de um canal a outro. Ouçam os casais, as crianças, os presidiários... Ouçam os discursos no Congresso! A pose e a dialética esquizoide dos juízes! Se olhem no espelho! Vejam as estatísticas. Os caminhões descarregando medicamentos e drogas na porta dos mercados e dos hospitais como quem descarrega bananas! Vejam o asfalto que todos os dias amanhece manchado de sangue. Idiotas assassinando outros idiotas com seus carros, a pauladas ou com suas próprias unhas. No DF, de janeiro até agora foram 600 homicídios, sobre os quais a polícia já nem investiga mais, apenas recolhe o cadáver e vai cuidar de sua própria enfermidade. E ninguém se abala, todo mundo continua por aí com seus barrigaços, enchendo a cara e apostando no além, como se uma espécie de autismo viral estivesse se infiltrando nos ossos das famílias, das massas e das cidades. O que deveria ser motivo para se decretar imediatamente Estado de Sítio, fechar essa merda para balanço, decretar a falência de tudo e reinventar o cotidiano, não move uma folha desse jardim de bromélias, umas deslumbradas, outras arrombadas. E a corrupção generalizada que corroe silenciosamente o sistema nervoso central de qualquer um (hoje denunciaram mais um ministério) não é apenas ganância miserável, pobreza e podridão de apenas um crápula ou de apenas um exército de infelizes, é mais bem um sintoma de transtorno mental epidêmico, de desespero massificado, de horror e de desgraça social que remédio nenhum dará jeito... A propósito, prestem atenção: o câncer não é necessariamente uma doença, é mais bem um recurso psíquico do organismo usado para retirar radicalmente o sujeito de cena, com a intenção sincera de poupá-lo de toda a mentirada e de toda a baboseira vigente...

Bobagens, não é verdade? O que importa é que o Papai Noel já está de volta e que continua vestido com as roupas que a esperta fábrica de Coca Cola norte americana o vestiu há uns cinquenta anos atrás. É, parece papo de comunista, não é verdade? Mas esse velhinho ingênuo e idiota de vermelho e branco que fica ali na porta dos magazines alienando e embrutecendo crianças em troca de uns centavos, está, sem ter a mínima ideia, fazendo propaganda daquele que parece ser o único xarope contemporâneo para todos os males.

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